Em 1914, os esportes introduzidos pelos britânicos haviam-se convertido em práticas de tempo livre disseminadas no território nacional argentino. A prática desportiva é concomitante com o rápido processo de modernização e urbanização da Argentina. A construção do “nacional” através da introdução de práticas corporais criadas fora das fronteiras do país pode ser vista como um exemplo de uma modernidade radical que permitirá à Argentina participar na expansão de uma arena global esportiva. Os esportes analisados são o futebol, o pólo, o automobilismo e o boxe, que trouxeram grande sucesso para a nação e produziram ídolos esportivos. Os grandes heróis, Fangio no automobilismo, Monzon no boxe, e Maradona no futebol, foram heróis nacionais mas também foram parte de um imaginário esportivo transnacional. Analisando estes esportes, o artigo tenta demonstrar que através destes a heterogeneidade social e cultural de uma nação foi recuperada mediante uma espécie de colagem complexa.