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Ganhar ou perder, mas sempre com democracia

Como afirmava Huizinga em seu livro “Homo Ludens”, um dos grandes inimigos do jogo é o trapaceiro. Michel Temer e toda a sua equipe de segunda, terceira e quartas divisões seriam trapaceiros se tratássemos do universo do futebol. Mas como o futebol pode ser visto como um “fato social total”, o nome mais adequado no campo da política é golpistas.

Impedidos, com direito à entrada por trás, cotoveladas, empurrões, pênalti aos 48 minutos do segundo tempo e apoio de juiz caseiro, estenderam a partida, alteraram o regulamento e ganharam no tapetão. Talvez esse tenha sido o 7 a 1 mais doído. No entanto, para nós time de segunda divisão não deve jogar a liga principal.

Brasília - O presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse aos ministros de seu governo, no Palácio do Planalto. À esquerda, o senador Aécio Neves (Valter Campanato/Agência Brasill)
Brasília – O presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse aos ministros de seu governo, no Palácio do Planalto. À esquerda, o senador Aécio Neves. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil.

O Ludopédio não tem medo de entrar em campo, de bola dividida e muito menos de torcida adversária. Não dividimos a arquibancada com CBF ou com qualquer sigla política vira-casacas, que acende sinalizadores para celebrar o golpe na democracia.

Vestimos as camisas das torcidas, dos profissionais da bola, da arquibancada livre e do futebol como elemento de cultura popular. Nossos escudos são a democracia e a construção de uma sociedade mais justa.

Estamos em campo – mesmo com parte da torcida contra –, e avisamos que embora tenhamos perdido uma série de partidas, o campeonato é longo e o que não nos falta é raça e disposição para a luta.⁠⁠⁠⁠