A equipe do Pesquisa Esporte Clube (PEC) entra em campo com a estreia do mais novo podcast na praça.
Chegamos por aqui querendo abrir espaço para um debate descontraído e democrático repercutindo pesquisas acadêmicas sobre o mundo do esporte. No episódio desta semana, o trio de podcasters recebe dois camisas 10 que, quando o assunto é pesquisa esportiva, são craques. A primeira conversa foi com professor Élcio Cornelsen, titular do departamento de Letras da UFMG, e a segunda com o professor João Malaia, da UFSM. O papo foi das linhas de continuidade entre a gripe espanhola e a Pandemia do nosso tempo, até o processo de produção de um podcast e a sua importância enquanto ferramenta de divulgação científica. Tá interessado? Então aperta play e assine para ficar por dentro de todos os episódios.
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O episódio de hoje discute sobre como o futebol lidou com a Gripe Espanhola, que assolou o mundo em 1918. Assim como vemos hoje, com o Corona Vírus, os campeonatos também paralisaram. Mas para além de vermos o que aconteceu com o futebol naquele momento, devemos entender como esse esporte refletiu nossa forma de lidar com essa crise.
O Tempo da Bola é um podcast sobre a História do futebol, tendo como eixo a relação entre o esporte e sua dimensão histórica. Produzido pelos graduandos em História (USP) Diego Coppio e Gabriel Yukio, com parceria do Ludopédio.
O programa “O Tempo da Bola” é uma produção independente. Os historiadores Diego Coppio e Gabriel Yukio têm liberdade e autonomia total sobre o conteúdo. O Ludopédio oferece o espaço e a credibilidade do maior portal de divulgação científica da América Latina para abrigar projetos incríveis como esse. Sejam bem-vind@s!
A despeito da crise do Covid-19, a bola já está rolando em diversas ligas mundo afora. O retorno que é discutível mesmo em países que já controlaram a pandemia, modula perigosamente parte da opinião pública brasileira e fortalece a volta aos treinos de algumas equipes.
No episódio que abre a segunda temporada, o jornalista Breiller Pires e o gestor do esporte Marco Sirangelo, que também é colunista do Ludopédio, analisam os riscos da flexibilização da quarentena e as expectativas para as próximas semanas.
A VOLTA PRECIPITADA DO FUTEBOL
Breiller Pires: “Vejo com muita apreensão essa forçada de barra dos clubes. Acho natural discutir protocolos. Faz parte tentar elaborar documentos. O que não faz nenhum sentido é se reunirem com políticos. Ainda mais pelo momento vivido pelo país. Eles [os presidentes dos clubes] não enxergam a dimensão social do futebol. Deveriam servir de exemplo e não se prestar a esse papelão de ir a Brasília. Não deveriam deixar seus clubes virarem massa de manobra para o presidente [da República].”
O PAPEL DA CBF
Marcos Sirangelo: “A CBF inevitavelmente terá de financiar os clubes, pelo menos dar um suporte aos clubes menores. A grande contribuição seria tentar organizar o futebol. Só que não está funcionando. Cada estado está criando seus próprios protocolos.”
O USO POLÍTICO DO FUTEBOL
Breiller Pires: “Eu sempre me revolto muito com essa tentativa de despolitizar o futebol. A essência do futebol é política. Não dá para analisar o futebol de forma asséptica. Os torcedores não estão representados nessa [atual] estrutura do futebol. É muito difícil entrar em conselho deliberativo. É fundamental um movimento de democratização dos clubes. Fiquei muito esperançoso com esse movimento na Avenida Paulista [domingo, com torcidas antifascistas lutando por democracia e denunciando o fascismo crescente].”
CLUBE EMPRESA
Breiller Pires: “Eu não demonizo. Pode funcionar, desde que bem gerido e com a participação dos torcedores. Mas sou cético. Depende dos clubes. O que mais tem no futebol é oportunista. Tem de ter pé atrás. Gestores podem destruir clubes. A empresa vai abraçar causas se achar que aquilo é lucrativo. As empresas trabalham pela lógica do lucro.
Marcos Sirangelo: “No Brasil, [o projeto de clube empresa] tem de ser melhor debatido. A partir do momento em que tiver um dono, ele não vai sair. Você aceita entregar totalmente um clube [a um proprietário], as identidades correm risco.”
Marcos Sirangelo: “Tem dois projetos de lei sobre clube empresa no Congresso. Acho que vão fazer um bem bolado, um meio termo. Os clubes estão à mercê. Cada um vai ser livre para tomar suas próprias decisões.”
A ESPERANÇA PÓS-PANDEMIA
Breiller Pires: Os clubes precisam frear a elitização do futebol. É esse torcedor [com menos poder aquisitivo] quem vai salvar o clube. O primeiro passo é contemplar todas as camadas de torcedores. A economia pós-pandemia vai possibilitar isso. Toda a economia do futebol deverá ser revista: salários, preço de ingressos… Daí que os clubes vão tirar recursos. Tenho em vista uma economia social do futebol.”
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