O nosso interesse por esportes vai muito além do futebol. As manifestações antirracistas no futebol estão diretamente relacionadas e influenciadas por outras modalidades. O melhor basquete do mundo, a NBA, é um palco central de enfrentamento. E LeBron James, um dos maiores da história, é um dos protagonistas centrais dessa disputa.
Para compreender melhor esse fenômeno, os anfitriões Marcel Tonini e Marcelo Carvalho (Observatório da Discriminação Racial do Futebol) recebem dois convidados que conhecem muito do esporte e da pauta antirracista: Marcus Valentim (Podcast Ubuntu – GE) e Neilton Sousa Ferreira Júnior (doutorando da Escola de Educação Física e Esporte – USP).
Não conhece o programa #PorOutroFutebol?
Sempre às segundas, debatemos quatro pautas permanentes – e urgentes – do universo do futebol – e outras modalidades. Desenvolvemos discussões sobre racismo, elitização, lgbtfobias e machismo no esporte ao lado de jornalistas, pesquisadores, militantes, produtores de conteúdo, atletas e outros profissionais do esporte.
Iniciando mais um ciclo de debates #PorOutroFutebol, a dupla Marcelo Carvalho e Marcel Tonini recebem o professor e militante Douglas Belchior e a jornalista e também militante Eliana Alves para debater o racismo estrutural que também atravessa o futebol.
O racismo estrutural está presente nas políticas públicas racistas e valores que reproduzem comportamentos e pensamentos discriminatórios da sociedade. As falas de Eliana e Douglas foram aulas para compreendermos a mecânica da reprodução do racismo e como o poder público marginaliza e mata negros da periferia.
A nova série do Ludopédio #PorOutroFutebol traz a temática da marginalização de diferentes grupos sociais no universo do futebol. O primeiro episódio aborda o racismo dentro de campo.
Quem conduz esse debate é a dupla Marcelo Carvalho (Observatório da Discriminação Racial do Futebol) e o pesquisador Marcel Tonini, que também recebem os convidados, os ex-jogadores, Aranha (Santos e Ponte Preta) e Wilson Santos (Internacional).
Acompanhe a live, todas as segunda, às 21h, #PorOutroFutebol!
Ludopédio convida Marcelo Carvalho, idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol para conduzir o programa especial sobre racismo e futebol. O programa ainda terá a presença da jornalista Julia Belas, o ex-árbitro Marcio Chagas e o pesquisador ludopédico Marcel Tonini.
Confira alguns momentos da conversa:
JULIA BELAS
Cada vez mais pessoas tem prestado atenção e se posicionado. Não consigo mais ficar calada. Existe um conceito chamado interseccionalidade, você não tem como falar apenas sobre racismo sem considerar mulheres negras, LGBT, trans… Não tem como abordar racismo sem abordar essas outras vozes que não são ouvidas. Pras mulheres fica ainda mais restrito, porque ganham menos, têm menos espaço na mídia e precisam aproveitar pra manter a carreira delas.Você pode até falar sobre as dificuldades, como é ser mulher, como é ser mãe, quando vai racializar ainda é difícil, porque as pessoas não se posicionam tanto… Essa pluralidade que ainda não é vista… Tá crescendo, mas também na hora de avançar. É um debate que demorou tanto para ser feito, que eu não consigo enxergar após a pandemia como isso vai conseguir ser abafado. Talvez seja um pouco otimista da minha parte, porque são anos e anos abafando o assunto, mas não consigo enxergar as pessoas se calando. É um bom pensamento pro futuro Você não consegue pensar em racismo, sem pensar na mulher negra.
MARCEL TONINI
As pessoas sempre me perguntam se o racismo aumentou [por conta da divulgação dos dados e do aumento de casos registrados pelo Observatório], mas eu entendo que estão é tendo mais visibilidade, inclusive com contribuição da imprensa. Não significa que não existiam casos de racismo. Existiam, mas hoje temos um outro olhar sobre esses dados. Temos de transformar essa ação em vontade coletiva. Por que não manter essa luta constante?
MARCIO CHAGAS
A CBF é oportunista. Em cima de alguns casos, compra e banca uma propaganda midiática, mas não tem um trabalho efetivo de combate. O Marcelo nunca foi abordado pra falar sobre o trabalho que realiza. A CBF não tem interesse em combater. É outra entidade que adota um discurso da meritocracia. Sabe quantos árbitros negros no Brasil tem apitando? O futebol brasileiro adota um discurso de democracia racial e até de alienação. Não colabora quase em nada para a consciência racial. Até me surpreendeu alguns brasileiros que jogam no exterior. Parece que temos de importar o debate. Os jogadores poderiam contribuir de maneira efetiva, não só com faixa e camiseta.
MARCELO CARVALHO
A gente consegue ver uma mudança, mas a maioria das manifestações são peça de marketing. Elas têm uma importância porque mostram quem tem coragem de se manifestar. Num segundo momento, vamos querer que tenham um posicionamento mais contundente. Por isso nasceu a última campanha: “poderia ser eu”. Para que tivessem um posicionamento um pouco mais forte. Nasce com a ideia de falar do genocídio da população negra. Que a cada 23 min morre um negro no Brasil. Isso é subir um pouco o tom.
“O racismo no futebol brasileiro em números”, por Marcelo Carvalho, idealizador e Diretor Executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Empresarial, especialista em Gestão Esportiva, autor de diversos textos sobre racismo e autor do livro Fragmentos: Contos da Vida Cotidiana.
“Um olhar panorâmico sobre o racismo no futebol brasileiro: memórias e experiências de negros e brancos entre 1970 e 2010”, por Marcel Tonini, um dos editores do Ludopédio; Doutor e Mestre em História Social e Bacharel em Ciências Sociais, além de integrante do Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO-USP) e do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Futebol e Modalidades Lúdicas (LUDENS-USP).
“Racismo no futebol brasileiro, o silêncio de ontem e falta de ação de hoje”, pela dupla Marcelo Carvalho e Marcel Tonini.
“A Gazeta Esportiva Ilustrada: melhores momentos – volume 3” (última parte), por José Roberto Fornazza
Parte VI (última) da análise do livro “O Negro e Futebol Brasileiro”, de Mario Filho, por Alexandre Andolpho – administrador, bibliófilo e pesquisador do tema futebol em suas diversas vertentes, é um dos membros fundadores do Memofut; e Rodrigo Saturnino Braga – administrador, consultor de gestão em comercialização de conteúdos audiovisuais e pesquisador do Memofut desde 2011.
O integrante do Ludopédio, Marcel Diego Tonini, foi entrevistado pela Carta Capital em reportagem para tenta entender o apoio de jogadores a Bolsonaro. Veja a matéria na íntegra: “Se um atleta soltasse um ‘Lula livre’, acho que não jogaria mais”.
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