
O Ludopédio tomou conhecimento do ocorrido no último domingo, dia 10/01, em Belém. E é importante que o resto do país, as autoridades e poder público tomem conhecimento do que vem ocorrendo no Pará.
Após o clássico entre Remo e Paysandu, que garantiu o acesso do Remo à Série B, houve no Conjunto CDP, em Belém, uma briga generalizada entre os torcedores das duas equipes. Na noite do dia 10, pelo menos três homens foram brutalmente espancados, e dois ficaram em estado grave, um deles morreu. Ainda na madrugada do dia 10 para o dia 11, duas pessoas foram feridas por disparos.
Há inúmeros registros da briga nas redes sociais, e por motivos óbvios, não vamos compartilhar nenhum. Em um deles, registrado por uma mulher, é possível ouvi-la, com um tom de vibração, a expressão “Foi sal!” ao ver um homem deitado no chão. A expressão queria dizer que ele havia sido morto.
Na noite do dia 12/01, outro vídeo passou a ser compartilhado nas redes. Nele é possível ver um casal abraçado, são Thays Costa (Tatá da Remoçada) e o namorado, sendo executados. O casal supostamente estaria envolvido na morte do torcedor do Paysandu no último domingo. Tatá não sobreviveu ao disparo na cabeça, o se namorado foi socorrido e encontra-se em estado grave.
Todos os indícios apontam que Tatá foi assassinada nos moldes do “tribunal do crime”. De acordo com a polícia, a sua execução está associada a facções criminosas, que estão ligadas às organizadas tanto do Remo, quanto do Paysandu. Não é de hoje que facções criminosas buscam controlar não só as organizadas, mas o Estado do Pará.
Uma dessas facções é o Comando Vermelho, que emitiu uma nota assumindo a autoria da execução de Tatá. Na mesma nota, a facção pede o fim da guerra entre as torcidas organizadas no Estado do Pará, caso contrário, eles irão executar os presidentes da organizadas. É evidente que o medo tomou conta das direções e dos membros das torcidas.
Diante dessa escalada de violência, o Ludopédio repudia veementemente toda e qualquer forma de violência. Como estudiosos do futebol, entendemos – mas não justificamos – o que leva a violência entre as torcidas, da mesma forma, entendemos que é possível construir uma relação de rivalidade sem ser violenta. Entendemos, ainda, que é possível construir a paz entre as torcidas a partir do diálogo, não por meio de ameaças e violência. Então, pedimos o fim dessa escalada, torcendo pela paz entre as torcidas do Pará.
A guerra, e o medo, só nos empurrará para o abismo. Paz entre as torcidas!
Referências:
https://www.oliberal.com/policia/conjunto-cdp-tem-noite-de-pancadaria-apos-re-pa-1.344176
https://www.oliberal.com/policia/torcedora-do-remo-e-morta-a-tiros-no-barreiro-1.344687