Desde a chegada do futebol ao Brasil, no século XIX, por meio das escolas, ou de pessoas envolvidas com ele, como por exemplo Charles Miller, muitas mudanças, ao mesmo tempo em que persistem antigas praticas, ocorreram em sua organização. Nesse período ele se popularizou, democratizou-se e profissionalizou-se, quase sempre colocando em lados opostos elite e povo, profissional e amador, várzea e arena, dentre outras polarizações que se faz a partir dos conflitos que emergem desses embates. Desde a várzea, reduto daqueles que não podiam frequentar clubes ou queriam apenas se divertir até os clubes, nada escapou dessa adequação do futebol aos tempos atuais. A nossa estrutura de organização concentrada nos estados, os campeonatos e a relação dos clubes com suas localidades e a economia, também fazem parte de um processo em que grupos disputam o poder dentro do futebol. Mesmo refletindo o que se passa na sociedade brasileira, com seus problemas sociais e econômicos, o futebol representa, para parte significativa da população uma forma de expressão cultural. Nossa preocupação se concentra na elitização do futebol, envolto em grandes transações financeiras, e que se distancia cada vez mais de sua torcida. É este fenômeno que estudamos aqui, e como ele se
reflete na organização do espaço geográfico.
Palavras-chave: História do futebol, organização dos clubes, espaço geográfico, economia.