Chegou a vez de novas masculinidades?

Data início: 31/12/1969Data de encerramento: 31/12/1969Horário de início: 10:00Local: Museu do Futebol

Identificado como um esporte essencialmente masculino, o futebol contribui para a construção de estereótipos de como deve se comportar um homem e, por oposição, de como deve se comportar uma mulher. Como o esporte lida (ou não) com este fato? Este é o tema do debate Chegou a vez de novas masculinidades?, que acontece no auditório do Museu do Futebol no dia 10/8, sábado, a partir das 10h. No mesmo dia à tarde, a partir das 13h, o coletivo Brotherhood promove a roda de conversa O papel dos homens na equidade de gênero! com o objetivo de debater novas formas de masculinidades. Localizado sob as arquibancadas do Estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

No debate, especialistas de diversas áreas estão escalados para discutir a questão com o público: Fábio Souza, terapeuta, é o idealizador e facilitador do coletivo Ressignificando Masculinidades; João Carlos da Cunha Moura, pesquisador em Direito da Universidade Nacional de Mar del Plata (Argentina), também autor do livro Joguem como homens! Masculinidades, liberdade de expressão e homofobia em estádios de futebol; Wagner Xavier de Camargo, antropólogo e pesquisador sobre gênero e sexualidade nos esportes; e Rafa Rios, florista, advogado, membro do coletivo Brotherhood, ativista das masculinidades reais e possíveis.

Já a roda de conversa terá início com a exibição do trailer do documentário O silêncio dos homens, produzido pelo site Papo de Homem a partir de entrevistas com 40 mil pessoas em todo o país. Em seguida, seis integrantes do Brotherhood mediam o bate-papo com os participantes. Além Rafa Rios e Fábio Sousa, que permanecem no evento após o debate, a mediação será feita também por Luis Eduardo Alcantara,formado em direito e integrante de movimentos de transformação pessoal e social; Gustavo Tanaka, escritor, palestrante e empreendedor; e Thiago Arruda, professor de Yoga e um dos líderes do movimento Brotherhood Brasil.

O debate e a roda de conversa fazem parte da programação associada à exposição CONTRA-ATAQUE! As mulheres no futebol, que fica em cartaz até 20 de outubro. Na mostra, o Museu do Futebol traça um histórico da presença feminina no futebol brasileiro, uma trajetória marcada por resistências e insistências: entre 1941 e 1979, era oficialmente proibido a mulheres jogar futebol no Brasil. A Lei foi driblada por times ‘clandestinos’ que se mantiveram em atividade durante todo o período, assim como por milhares de meninas e mulheres que continuaram jogando nas ruas e várzeas.

Se o mundial da França acabou tendo uma visibilidade inédita para a modalidade, iluminou também várias questões relacionadas ao preconceito enfrentado diariamente pelas jogadoras, como padrões de gênero e sexualidade. O debate deste sábado busca abordar o problema pelo ponto de vista dos homens, também eles pressionados a assumir determinados comportamentos relacionados ao esporte.

A exposição CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol conta com o patrocínio do Itaú, por meio da lei de incentivo à cultura do Governo Federal, e apoio da The Led.

A programação é gratuita e dispensa inscrição prévia.

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