Futebol de várzea: tempo livre, organização política e o direito à cidade

Data início: 31/12/1969Data de encerramento: 31/12/1969Horário de início: 19:00Horário de encerramento: 22:00Local: Ação Educativa

A oficina visa contar a história do futebol de várzea na cidade de São Paulo com foco no associativismo popular. Trata-se de uma história ainda pouco contada sobre a organização para aproveitar o tempo livre, ou o tempo próprio (que difere profundamente da categoria lazer, distinção a ser realizada na oficina). Busca-se mostrar como, desde o início do século XX, os grupos populares da cidade mobilizam o futebol em seu tempo livre na luta por espaços públicos e por reconhecimento social.

Não por coincidência, a expressão “futebol de várzea” segue sendo a
referência para tratar do futebol amador e popular na cidade de São Paulo. Mesmo que as várzeas – espaços de vazão dos rios durante a época de cheias – já não existam mais como os terrenos livres então utilizados pelos varzeanos daquele período, a expressão segue sendo representativa de uma
prática social de forte conteúdo sociocultural e político.

Em seguida, a oficina apresentará um panorama da “várzea hoje”, enfocando a trajetória de algumas agremiações esportivas (inclusive femininas) e suas lutas. Será possível notar que práticas políticas ancoradas no associativismo
popular não só não desapareceram ao longo do século XX e início do XXI, como se ampliaram caracterizando boa parte das atividades da periferia da cidade. A formação tem como objetivos:

– Contar e valorizar a história de São Paulo a partir das práticas cotidianas das pessoas comuns;
– Apresentar o futebol como importante prática sociocultural e política dos grupos populares;
– Apresentar o futebol como um dos pilares das lutas populares por espaço público e por reconhecimento social de variados grupos na cidade de São Paulo;
– Explorar o tema do direito à cidade por meio das questões ligadas ao associativismo popular, ao tempo livre e aos espaços de encontro e de festa;
– Analisar o potencial político de práticas associadas ao prazer e ao viver junto.
– Analisar a centralidade do tempo livre no processo subjetivação das pessoas.

A quem se destina

Professores/as, educadores/as, ativistas, estudantes e outros interessados na temática.

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Educadoras(es)

 
Diana Mendes Machado da Silva

Carga horária: 12h

Investimento: R$150,00

Período: Terças-feiras, de 20/08 a 10/09 de 2019 (4 encontros)

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