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Dissertação

A amarelinha é de quem?

Narrativas midiáticas para o “dessequestro” da camisa da seleção brasileira de futebol
Ano

2024

Faculdade/Universidade

Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Orientador(a)

Leda Costa

Tema

Dissertação

Área de concentração

Mestrado em Comunicação

Páginas

171

Arquivos

Resumo

Na última década, o Brasil viveu momentos políticos conturbados que, juntos, colocaram a política nacional sob o comando da extrema-direita. O bolsonarismo, em meio ao seu processo de ascensão, sequestrou os símbolos nacionais, especialmente a camisa amarela da seleção brasileira de futebol masculino, o que fez parte da população rejeitar a Canarinho, momento definido por Simoni Guedes e Marcio Almeida (2019) como o segundo sequestro. Esta dissertação propõe-se a analisar a narrativa empreendida pelos jornais O Globo e Folha de S.Paulo durante a cobertura da Copa do Mundo de 2022 para verificar se houve uma tentativa de dissociar os símbolos nacionais da extrema-direita, o que entendo como “dessequestro”. Quais foram os sentidos atribuídos pela imprensa e por demais atores, como personalidades e empresas? O que eles entendem como “dessequestro”? Para isso, faremos um resgate histórico da extrema-direita, dos significados de política para embasar a discussão principal deste trabalho: a tentativa de “dessequestro” da camisa da seleção para devolvê-la ao povo brasileiro.

Palavras-chave: Sequestro. Dessequestro. Seleção brasileira. Futebol. Política. Jornalismo. Comunicação social. História.

Abstract

In the last decade, Brazil has experienced turbulent political moments that, together, have placed national politics under the command of the extreme right. Bolsonarism, in the midst of its rise process, hijacked national symbols, especially the yellow shirt of the Brazilian men’s football team, which made part of the population reject Canarinho, a moment defined by Simoni Guedes and Marcio Almeida (2019) as the second kidnapping. This dissertation aims to analyze the narrative undertaken by the newspapers O Globo and Folha de S.Paulo during the coverage of the 2022 World Cup to verify whether there was an attempt to dissociate national symbols from the extreme right, which I understand as “dispossess”. What were the meanings attributed by the press and other actors, such as personalities and companies? What do they understand as “dispossess”? To do this, we will make a historical review of the extreme right, of the meanings of politics to support the main discussion of this work: the attempt to kidnap the national team’s shirt to return it to the Brazilian people.

Keywords: Kidnapping. Brazilian Team. Soccer. Policy. Journalism; Social Communication. History

Sumário

INTRODUÇÃO, 11

1 NOS EMBALOS (ABALOS) DA EXTREMA-DIREITA, 19
1.1 O ideal da extrema-direita: processo histórico e definições, 19
1.2 As regras fascistas e a extrema-direita hoje, 24

2 O BOLSONARISMO: ASCENSÃO DA EXTREMA-DIREITA NO BRASIL, 32
2.1 Governo Bolsonaro e a mistura do público e privado pelo autoritarismo, 41
2.2 Os corpos ameaçados pela guerra cultural bolsonarista, 49
2.3. A ebulição da massa bolsonarista: o ódio como a crise do macho, 58

3 FUTEBOL E POLÍTICA SE MISTURAM? EXTREMA-DIREITA EM CAMPO, 70
3.1 Extrema-direita e o futebol brasileiro, 70
3.2 Verde e amarelo: sequestro e rejeição, 82

4 O DISCURSO MIDIÁTICO: HÁ UM TENTATIVA DE “DESSEQUESTRO”?, 91
4.1 Reviravolta? Narrativas para o “dessequestro” da camisa da seleção brasileira, 91
4.2 Sequestro x “dessequestro”: a cobertura de O Globo e Folha de S.Paulo na Copa de 2022, 105
4.3 Extra! Extra! O antagonismo entre Neymar e Richarlison, 134

CONSIDERAÇÕES FINAIS, 156
REFERÊNCIAS, 162

Referência

RESENDE, Marcelo Alves de. A amarelinha é de quem?: Narrativas midiáticas para o “dessequestro” da camisa da seleção brasileira de futebol. 2024. 171 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
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