A América é do galo

“A América é do Galo”, livro de Caio Ducca, lançado pela Magma Cultural, capta toda a emoção e a beleza dessa conquista marcante, que merece ser revivida eternamente e jamais poderá ser esquecida pelo torcedor do Atlético ou por quem aprecie o futebol. Para ser campeão da Copa Libertadores o Atlético Mineiro não teve de lutar apenas contra os melhores times da América. Seu maior desafio era interior: seria preciso vencer a sina de, talvez por excesso de paixão, deixar escapar a oportunidade histórica no último instante. Desta vez, porém, todos se uniram – e se preveniram – contra o terrível fantasma. O time, amparado pelo talento irreverente de Ronaldinho Gaúcho (“voltei a ser criança no Atlético”), a impetuosidade de Bernard, a determinação de Tardelli e a fome de gols de Jô, soube mesclar arte e garra. Ao melhor estilo atleticano, entrou em campo com a raça bem distribuída entre zaga, laterais e meio de campo, entre titulares e reservas. E contou com a estrela do goleiro Victor. Cuca, mais que um técnico, tornou-se um líder místico e confiante (“sei que vamos ser campeões”) e das arquibancadas do Independência veio o grito forte que empurrou o Galo em uma campanha que começou tranquila, viveu turbulências, ganhou ares dramáticos e explodiu em uma alegria inenarrável. Como estava escrito desde o começo.