O jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano utiliza como cenário a América Latina em muitos de seus textos. Os assuntos traçam desde a política (fortemente discutida em As Veias Abertas da América Latina) do período colonial, passando pela devoção religiosa latino-americana, traçando heróis e vilões de nossa cultura, até reflexões críticas e apaixonadas sobre o futebol. E é sobre Literatura e barbárie, como categoria estética, que este trabalho se debruçará. Em Futebol ao sol e à sombra, tradução de Eric Nepomuceno, o premiado escritor uruguaio desvela as maravilhas do jogo e suas personagens, e as amarguras e maquinações políticas e comerciais que cercam a “festa pagã”. No presente artigo, as crônicas As lágrimas não vêm do lenço, Os sacrifícios da festa pagã, Os cânticos do desprezo e O pecado de perder serão os objetos de enfoque, nos quais irá se observar e analisar os elementos da barbárie e da crônica.