A Copa do Mundo de 1950 apresenta uma espacialidade que reflete o estágio de evolução da rede urbana brasileira de então, com seus resquícios de concentração litorânea e evidente hegemonia das duas metrópoles nacionais, com destaque para o Rio de Janeiro. No tocante à escala intra-urbana, que mais interessa neste trabalho, este megaevento esportivo perfez um baixo impacto em nosso parque de estádios. Argumentamos que não apenas naquele contexto histórico a realização de uma copa do mundo agregava muito menor volume de investimento material, mas sobretudo que já estava em curso no futebol brasileiro um consistente processo de popularização que se refletia na constante ampliação dos estádios preexistentes e no crescente envolvimento do poder estatal na produção do espetáculo.
Palavras-chave: futebol – estádios –urbanização – Brasil – copa do mundo 1950