O presente trabalho trata da desigualdade de gênero nos esportes, possuindo um viés interdisciplinar entre Direito Constitucional e seu diálogo com questões de gênero. Objetiva-se demonstrar que há um discurso – criado em um contexto de manutenção de poder masculino – que contribui para as desigualdades existentes no campo esportivo. Utilizou-se o método dedutivo, além de pesquisas bibliográficas e eletrônicas em teses, livros, dissertações, periódicos e notícias. Sobre estas, recorreu-se à Análise de Discurso (AD) baseada em Foucault (2008). Como resultados, identificou-se a ilegitimidade de se recorrer à Biologia para justificar a exclusão feminina em modalidades e barreiras à integração igualitária entre mulheres e homens, concluindo-se que os discursos, no campo esportivo, podem ser influenciados por relações de poder que perpetuam a hegemonia masculina, razão pela qual devem ser desconstruídos e contextualizados.
Palavras-chave: Igualdade substancial; relação de poder; futebol; fórmula 1, Rugby