Focando em três momentos conjunturais do olimpismo — a fundação dos jogos modernos, no final do século XIX, a conjuntura totalitária dos anos trinta e a da guerra fria nos anos 1950-1980 — o presente artigo debate como a atribuída neutralidade dos Jogos Olímpicos transformou-se na sua principal força política. A tese é que à medida que o campo esportivo se autonomiza, enquanto uma atividade com regras próprias, mais ele fortalece a sua neutralidade. Do mesmo modo, quanto mais esse caráter neutro e apolítico é afirmado, mais cresce a força política do movimento olímpico.
Palavras-chave: Olimpismo; Esporte Moderno; História Política; Despolitização