Atualmente é impossível pensar em um grande evento esportivo sem a presença dos meios de comunicação. Assim é fácil notarmos que “o que” a mídia cobre e “como” realiza essa cobertura, e trata os participantes em cada esporte, podem ser questões que criam barreiras atitudinais, quando há o pré-julgamento de que a pessoa não será capaz de executar uma tarefa ou atingir um objetivo, ou constituídas a partir da comparação de resultados obtidos por pessoas sem e com deficiência na mesma tarefa/objetivo inferiorizando os últimos com base única e exclusivamente na deficiência; ou ainda avaliando de forma depreciativa as ações, objetivos alcançados e produções das pessoas com deficiência a partir de um pré-julgamento ou pré-conceito (Lima, 2011). No entanto, o objeto das coberturas midiáticas esportivas raramente é ouvido por pesquisadores. Assim, esse estudo visa analisar como atletas paralímpicos brasileiros percebem, entendem e interpretam suas próprias representações nos meios de comunicação, e o que pensam sobre a cobertura midiática dos Jogos Paralímpicos. Em linhas gerais, concluímos que alguns atletas preferem ser representados exclusivamente como atletas de alto nível, enquanto outros como exemplo de superação, no entanto, o tema mais forte apresentou-se como a indissociabilidade das características do ser em sua apresentação; os entrevistados querem que o esporte e a deficiência sejam representados como partes importantes que compõe sua identidade.
Palavras-chave: atletas, paralimpismo, Brasil, representação