Este trabalho tem como objetivo demonstrar que a representação dos vilões, ou seja, aqueles profissionais considerados responsáveis por uma derrota da seleção brasileira em Copas do Mundo cumpre a função de manter preservados a imagem da seleção brasileira e os valores positivos a ela anexados, muitos dos quais relacionados à identidade nacional. Os vilões da derrota reforçam pelas avessas o ideal identitário do futebol brasileiro. Para demonstrar tal hipótese serão analisadas as narrativas da derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010 que fez do técnico Dunga, vilão pela segunda vez. Será realizada uma análise comparativa entre os jornais Folha de São Paulo e O Globo, do Rio de Janeiro. Pretende-se desse modo possibilitar uma compreensão mais aprofundada do papel da mediatização do futebol e as definições da identidade nacional brasileira, sustentadas no discurso da imprensa. Palavras-chave: Copa do Mundo; identidade nacional; discurso da imprensa