Este trabalho analisa os textos publicados na revista Placar sobre a participação da seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Atlanta de 1996 sob os pressupostos teóricos de gênero e de Bourdieu. Trata-se de uma pesquisa documental de natureza qualitativa que utilizou a metodologia de Análise de Conteúdo. Foram encontrados apenas sete textos sobre o tema dentre 13 edições publicadas, com aproximadamente 98 páginas cada edição. Considerou-se que as poucas publicações realizadas pela Placar são uma referência à invisibilidade das jogadoras que representaram o Brasil na maior revista do segmento esportivo do país. A revista enfatizou mais o futebol de jogadoras “modelos”, intentando expor a beleza delas, que não representavam a seleção brasileira em competições nacionais e internacionais. Nos textos sobre as atletas brasileiras que efetivamente trabalhavam nos gramados, identifica-se que a publicaçao as define por classe social, cor da pele e sexualidade.
Palavras-chave: Revista Esportiva, Gênero, Placar, Futebol