O significado e o protagonismo forjados, a cada quatro anos, pela Copa do Mundo de Futebol nos anseios do povo brasileiro. Esta é a abordagem do livro de estreia de Felipe Morelli Machado, no qual o historiador revela um olhar crítico sobre as rivalidades, tensões e conflitos político-sociais que vigoram desde o Estado Novo no país. Em um panorama de contradições entre a mídia e o clamor popular quanto a uma seleção (de 1938) que não trazia na bagagem a sonhada taça de campeã do mundo, “a ambiguidade daquele momento histórico mostrava que o futebol, como símbolo nacional, serviria não somente aos propósitos de conservação da ordem vigente, mas também como instrumento de contestação e questionamento a essa mesma ordem.” Ilustrado com fotos e charges publicadas em jornais e revistas de época, a pesquisa aponta o futebol como produto e produtor da dinâmica social.