As relações de consumo que permeiam um megaevento esportivo são amplas, devendo ser consideradas desde o momento do consumo dos jogos, bem como toda a modificação de consumo contextual causada direta ou indiretamente. De grande abrangência, sabe-se que a Copa do Mundo impacta o consumo internacional, nacional e local, alcançando inclusive o público não adepto ao futebol. No entanto, nos últimos anos, pode-se observar nos países sedes deste megaevento correntes de consumo contrárias. Diante desta constatação, este estudo tem como propósito central conhecer os objetivos relacionados aos movimentos de resistência à Copa do Mundo de 2014. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa, por meio de entrevistas em profundidade e análise de dados secundários. A importância deste estudo está ligada ao contexto vivido no Brasil em 2014, principalmente nas cidades-sede. Conclui-se que a resistência está direcionada às relações de poder existentes no mercado e não ao evento propriamente dito, o que deixa de ser associado ao aspecto simbólico do futebol e passa a ter como pressuposto a oportunidade para o maior diálogo entre consumidor, empresa e governo.
Palavras-chave: Resistência; Consumo; Megaevento; Copa do Mundo; Cidades-sede