O artigo lança luz sobre os megaeventos esportivos no Brasil, tendo por contraponto experiências prévias durante o século XX no país, e analisa os impactos urbanos das reformas no estádio do Maracanã para a realização da Copa de 2014. Argumenta-se, de início, que existe um duplo desafio na recepção desse importante encontro de envergadura internacional: o primeiro lida com o desempenho específico dos esportistas, o que provoca um debate em torno das potencialidades da nação brasileira, em um sentido antropológico mais amplo; o segundo relaciona-se às questões organizacionais, que se ligam à discussão sobre a racionalidade e a capacidade administrativa do Estado-nação. Com base em um survey feito no estádio do Maracanã em 2013, junto a integrantes de torcidas organizadas, procura-se mostrar neste artigo as controvérsias acerca das novas arenas no Brasil, considerando o comportamento desse segmento específico de espectadores e o seu tradicional modo de incentivo, não apenas no apoio aos clubes como também à seleção brasileira de futebol.
Palavras-chave Copa de 2014. Estádio do Maracanã. Megaeventos esportivos.