Dezesseis de julho de 1950. Exatamente às 4h50, 200 mil espectadores silenciaram o maior estádio de futebol do mundo, o Maracanã. Catatônicos, eles assistiram à Seleção Brasileira perder, em casa, a Copa do Mundo para o Uruguai, por 2 X 1. Para nós, um empate bastava para chegar ao título. Mas havia um certo Ghiggia no meio do caminho… Dos pés do atacante inimigo saiu o chute que Barbosa não conseguiu defender. Enquanto a bola morria no fundo da rede, nascia uma partida mitológica, com carrascos, heróis/anti-heróis e explicações de todos os tipos para o inexorável placar. Ao longo de 15 anos, o jornalista Geneton Moraes Neto também procurou uma resposta. Entrevistou os envolvidos diretamente na lendária partida, pesquisou o tema e ouviu os que acompanharam a derrota, da arquibancada. Em “Dossiê 50”, Geneton passa a palavra a quem de direito – o técnico Flávio Costa e os 11 que, naquele domingo, entraram em campo com a mão na taça Jules Rimet e deixaram o gramado com o gosto de fel da derrota, ainda amarga após meio século.