Este livro é fruto da monografia realizada no âmbito da graduação em História da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Buscamos analisar o futebol colombiano em seu período de profissionalização, entre os anos de 1948-1951. Assim como em muitos países da América Latina, a história colombiana é marcada pela disputa do poder político entre liberais e conservadores. Em 1948 essa disputa é aflorada com a morte do maior líder liberal do país, Jorge Gaitán. Os efeitos da morte de Gaitán são gigantescos, fazendo crescer os conflitos e a violência no país que já ocorria desde o retorno conservador ao poder em 1946, depois de dezesseis anos marcados por governos federais liberais. E foi nesse mesmo ano de 1948 que ocorreu a profissionalização do futebol na Colômbia. Porém, devido uma série de fatores que são analisados nesta pesquisa, a nova liga profissional em 1949 passou a não ser reconhecida pela FIFA e pelas demais federações que regiam o futebol "oficial" do período. Essa “ilegalidade” tornou-se um dos principais fatores para a transformação do futebol em um espetáculo para o público e para a chegada de diversos craques estrangeiros para atuarem nos clubes do país, transformando o futebol da Colômbia em um verdadeiro El Dorado. A partir principalmente da análise de periódicos colombianos e de fatores relacionados à política, ao nacionalismo e ao esporte, consideramos como hipótese principal desta investigação que o período de profissionalização do futebol colombiano foi fundamental para a consolidação do processo de popularização desse esporte no país, tendo resultado na formação de uma identidade nacional na Colômbia.