A formação do selecionado brasileiro desencadeia o complexo jogo de pressão e contrapressão envolvendo a comissão técnica, o elenco de atletas, a imprensa esportiva, o público torcedor e o poder político-econômico. A ação dos referidos atores, com efeito, adquire inteligibilidade no âmbito desta configuração social, revelando, ademais, a rede de interdependência que os reúne e opõe dentro de um processo dinâmico, aberto e sujeito a reviravoltas nas relações de poder. O referido processo encontra-se determinado, dentre outros fatores, por interesses políticos, forças econômicas e concepções de jogo. O presente artigo analisa a hegemonia conservadora estabelecida no quadro da configuração social esportiva.