A pesquisa busca refletir sobre a produção do espaço urbano, e suas contradições a partir do estudo das Franquias Oficiais de Mercadorias Esportivas em espaços do comércio e do consumo no Estado de São Paulo, que a nosso ver, contribuem para reprodução do urbano. Historicamente, o futebol realizava-se em espaços públicos e abertos, enquanto momento de sociabilidade. Contemporaneamente, embora a presença nesses espaços não tenha desaparecido, estão subjulgados pelo crescente processo de urbanização; ao mesmo tempo, verifica-se que o futebol vem se reproduzindo fora do âmbito jogo, por meio da estratégia de grandes clubes paulistas que buscam um aumento de suas receitas através da expansão de lojas franqueadas, o que revela a transformação dos clubes e do próprio futebol, em signos do consumo. Dessa maneira, a sociabilidade a partir do futebol se torna tanto mediada por mercadorias quanto realizada em espaços-mercadoria como shopping-center, por exemplo. O atual estágio em que o capitalismo se encontra amplia a produção de espaços para consumo massificado, como consequência da vitória do valor de troca sobre o valor de uso.
PALAVRAS-CHAVE: produção do espaço, reprodução do urbano, Franquias Oficiais de Mercadorias Esportivas, signos do consumo, clubes-marca.