No Brasil, o futebol é discutido a nível de axioma. Os seus admiradores revestem-no de uma importância mágica, sem provar nada. De outro lado, os seus críticos consideram-no alienante. No entanto, repetem o mesmo comportamento dos primeiros. Não fazem demonstrações.
O livro Futebol: Ideologia do Poder é um trabalho, essencialmente, de pesquisa. Estuda o futebol contextualizado na sociedade brasileira. Para melhor compreendê-lo, demonstra os espaços que os meios de comunicação dedicam-lhe. Eles fetichizam-no, atribuindo-lhe um valor exagerado.
O futebol, assim tratado, significa bem mais do que um esporte. É um Aparelho Ideológico do Estado. Mistifica e legitima o “status quo”.
Desestabiliza as contradições do capitalismo. Com gols, times e campeonatos, diminui as possibilidades de compreensão das relações de produção. Mantém o proletariado escravizado à dominação e à exploração, inviabilizando o pensamento.
O livro se destina a um público amplo: aqueles que pensam e os que tentam fazê-lo. Entretanto, é inegável a sua relação com o mundo universitário, sobretudo, com os alunos e professores de Comunicação Social.