A obra aborda aspectos da construção do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, do período de 1967 a 1971 pela ótica de sua ligação direta com as políticas de difusão e propagação dos ideais nacionalistas, ufanistas e de integração do país, defendidas pelo regime militar e seus aliados no Brasil. O livro-reportagem busca mostrar ao leitor que não havia motivação senão a política para a construção de uma arena esportiva com capacidade para cerca de 40 mil pessoas em uma Campo Grande que, na época, possuía aproximadamente 140 mil habitantes. No período abordado, apesar do status de maior cidade do estado do Mato Grosso uno, a cidade não possuía nenhuma liga de futebol profissional, tampouco representante em campeonatos nacionais. Foram pesquisados arquivos do jornal Correio do Estado para resgatar fatos históricos, causos e acontecimentos que rodearam a edificação. Após seu auge nas décadas de 1970 e 1980, o Morenão tornou-se mais um estádio abandonado e sem fomento esportivo local.