Este trabalho tem como objetivo analisar como o Sport Club Corinthians Paulista, tradicional clube esportivo fundado em 1910 na cidade de São Paulo (SP), apresenta a prestação de contas e a transparência em seus Relatórios de Sustentabilidade, publicados desde 2009. O estudo pretende verificar as intenções do Corinthians em publicar tais relatórios, tendo em vista que esta é uma prática de organizações com fins lucrativos, especialmente as empresas com ações em bolsa (como as Sociedades Anônimas – S/A), e algo incomum entre associações desportivas. A hipótese que se levanta é que o Corinthians aproveita a credibilidade dos Relatórios de Sustentabilidade para vender a imagem de uma empresa moderna, organizada, transparente e socialmente responsável, enfatizando pontos positivos mesmo quando os fatos demonstram o contrário, além de utilizá-los como uma peça de divulgação para atrair novos patrocinadores e investidores. Para tanto, o corpus de análise são os Relatórios de Sustentabilidade de 2012 e 2013, anos que marcaram a história do clube devido a fatos que se contrapõem por seu caráter extraordinário. O ano de 2012 foi marcado por glórias inéditas, como as vitórias na Copa Libertadores da América e no Campeonato Mundial de Clubes FIFA em seu novo formato. Já o ano de 2013 foi evidenciado por tragédias inesperadas, como a morte de um torcedor boliviano durante partida do clube na Copa Libertadores da América e os acidentes que vitimaram operários na construção do novo estádio do Corinthians, que seria utilizado como um dos palcos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Para verificar se houve equilíbrio entre as publicações, foram utilizadas como metodologia a Análise de Conteúdo e os Princípios da GRI – Global Reporting Initiative, os quais definem parâmetros para assegurar o conteúdo e a qualidade do relatório, especificamente o Princípio do Equilíbrio.
Palavras-chave: Comunicação; Corinthians; Relatórios de Sustentabilidade; Sustentabilidade.