Camisas de futebol apontam para um duplo vínculo de uma experiência emocional, que tensiona a relação entre o indivíduo e o coletivo. A moda esportiva com seus ciclos, marcas e indumentárias aparece não somente como dispositivo estético e protético assentado nos valores do consumismo, mas também pode ser concebida como instância agentiva na fabricação da pessoa do torcedor. Este artigo procura articular moda e futebol de uma perspectiva antropológica, que trata corpo e suas projeções (corporalidades) como fundamentos simbólicos de comunicação e produção de relações, no caso, relações entre a cultura material expressa pela moda e o multiverso da sociabilidade torcedora a partir de uma modalidade esportiva, o futebol.
Palavras-chave: Moda esportiva. Corporalidade. Torcedores. Agência. Antropologia das práticas esportivas.