Com o esforço para desenvolver uma economia capitalista em Luanda, o tempo desperdiçado com lazer tornou-se uma questão a ser solucionada pelos agentes da ordem. A eclosão da guerra de independência contribuiu para que o ócio fosse visto pelo aparato policial e administrativo enquanto propício para o desenvolvimento de ideias consideradas subversivas. O objetivo será entender em que medida o lazer em Luanda se tornou um problema de ordem pública e como o controlo do tempo livre dos trabalhadores negros configurava uma necessidade política e económica sem o qual as relações de poder próprias daquela realidade colonial estariam em risco.
Palavras-chave: lazer; subversão; colonialismo; trabalho.