Nos estádios de futebol existem hierarquias de gênero bastante marcadas com conteúdos específicos e que limitam as possibilidades de vivências masculinas. Neste trabalho nos propomos a dialogar com torcedores do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense para tentar mapear como esses sujeitos dialogam com o currículo de masculinidade que atravessa as práticas torcedoras. Nos interessa especialmente, tentar escutar os entendimentos dos sujeitos sobre o permitido/autorizado para masculinidades não normativas a partir das memórias da torcida homossexual Coligay. Ainda é muito cedo para saber como episódios como o reaparecimento da Coligay atravessarão o currículo de masculinidade dos torcedores de estádio de futebol na Arena do Grêmio. O que parece certo é que agora, mais do que antes, há um jogo a ser jogado sobre as construções das masculinidades torcedoras nos estádios de futebol.
PALAVRAS-CHAVE: Masculinidade. Currículo. Futebol. Coligay.