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ISBN 9786586583014

Minha vida de repórter

Ano

2020

Páginas

388

Editora

Letras do Brasil

Sinopse

Obra resgata os bastidores e curiosidades de fatos reais vividos pelo jornalista ao longo de mais de quatro décadas de coberturas nacionais e internacionais. Lançado pela editora Letras do Brasil, livro destaca a importância do papel do repórter num período pré-internet e traz como apêndice um “caderno de reportagens” com transcrições fiéis dos trabalhos originais tal como foram publicados na época.

Um longo bate-papo ao sabor de uns tragos à mesa de um bar com Obdulio Varella, o carrasco do Brasil na Copa de 50. As informações exclusivas sobre o primeiro casamento de Pelé. Os bastidores da preparação da seleção brasileira em 70 e o plano liderado pelos jogadores para convencer Zagallo a escalar o time que eles julgavam capaz de levantar o tricampeonato mundial. Ainda. Uma conversa dramática com João do Pulo à beira da depressão após a amputação da perna mutilada num acidente. O olho clínico do jornalista observador para descobrir, no meio tantas estrelas já consagradas, a magia de uma menina desconhecida chamada Nadia Comaneci. As artimanhas para driblar a vigilância do hospital americano para obter uma entrevista exclusiva com Tostão horas antes da cirurgia da retina. As aventuras, os dissabores, os contratempos e os truques de um repórter para enfrentar toda a sorte de dificuldades em coberturas internacionais sem as facilidades tecnológicas de hoje.

Um dia correu risco de vida em Belgrado. No outro teve que confiar numa espiã russa numa balada em Moscou. Nas horas de maior aflição, quando nada parecia que ia salvar sua pele, recorreu a camisas da seleção autografadas para fazer um agrado aqui e acolá…

“Minha Vida de Repórter” não é um livro de memórias tampouco uma autobiografia do jornalista José Maria de Aquino. A obra, que em 388 paginas reúne um fabuloso compilado de fatos reais vividos por ele ao longo de mais de quatro décadas de reportagem. É uma aula de jornalismo. E uma demonstração de amor pelo ofício de contar histórias. Não à toa, boa parte do conteúdo fora redigido por anos a fio sem a pretensão de um dia virar um livro.

Aquino guardava seus escritos como um tesouro de família, que ele pretendia deixar de herança apenas para a mulher, os filhos e os netos. Até que, perto de comemorar 87 anos de vida, foi convencido pela Letras do Brasil a compartilhar suas pequenas joias em formas de crônicas da realidade com uma legião de admiradores, amantes do esporte e, certamente, todos os jovens que sonham com a profissão de jornalista.

A estes restará a certeza de que escolheram uma profissão fascinante – e ao mesmo tempo desafiadora. Para a vida de um repórter não há manual de instruções. É preciso doses diárias de coragem para enfrentar o desconhecido e firme convicção para caminhar ao lado da verdade, da ética e do compromisso com a informação, independentemente da plataforma da reportagem publicada. Vale aprender com José Maria de Aquino, um mestre na arte do rigor da apuração bem feita e um especialista em técnicas de entrevista que não se ensinam nas escolas de jornalismo.

Além dos capítulos que narram as muitas histórias vividas pelo autor em 40 anos de atuação nos principais órgãos da imprensa brasileira (entre eles, Revista Placar, jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde, e o departamento de jornalismo da Rede Globo de Televisão), “Minha Vida de Repórter” apresenta, num formato inovador, um “Caderno de Reportagens”. Nele estão resgatados, com transcrições fieis aos trabalhos originalmente publicados pelo autor nos veículos por onde passou. Assim, muitas das histórias são contadas de forma mais atraente para o leitor, uma vez que junto com a republicação do texto original (com títulos, olhos e narrativas preservados) Aquino dá detalhes dos bastidores que marcaram aquele trabalho. Seja uma reunião de pauta inspiradora, uma negociação para entrevista que exigiu habilidade ou a casualidade que brinda os bons repórteres com revelações bombásticas.

O prefácio é escrito pelo jornalista Milton Neves – que, com Aquino, divide a primazia de ser um dos mais representativos documentaristas da carreira, vida e obra de Pelé. Embora nunca tivessem trabalhado juntos, a paixão pela preservação da memória do futebol brasileiro acabou unindo a trajetória de ambos na imprensa brasileira.

“Incluo José Maria de Aquino na galeria dos profissionais de maior relevância para a imprensa brasileira. Ele é um acervo vivo da memória do futebol brasileiro e conhece esse negócio como poucos. Em meio a tantos paraquedistas e alpinistas da profissão, manteve-se sempre íntegro, o que me faz defini-lo como um jornalista puro. Um repórter 100% verdade. Tem o jornalismo na veia”, diz Milton Neves, honrado com o convite para escrever a contracapa do livro.

Como um inventário de mais de cinco décadas de profissão e quase 90 anos de vida, “Minha Vida de Repórter”, enfim, é um legado que José Maria de Aquino deixa para a história e memória do futebol brasileiro. Uma obra fundamental para quem quer entender o presente conhecendo o passado daquele que foi um dia chamado “País do Futebol”.

Referência

AQUINO, José Maria de. Minha vida de repórter. São Paulo: Letras do Brasil, 2020.
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