A presente pesquisa se propõe a compreender as formas de torcer e a relação que estas têm com o período político-social e com a conjuntura contemporânea. Para tal propósito, estabeleceu-se um diálogo entre a configuração torcedora no século XXI e a ascensão de uma nova onda conservadora no país, em recorte que vai de 2013 a 2022. A partir de uma análise conjuntural, percebe-se um movimento crescente de agrupamentos de torcidas com propostas opostas ao conservadorismo moral e político. Nesse contexto, defendem os direitos à livre manifestação nas arquibancadas e buscam ativismos capazes de tornar o estádio de futebol um ambiente menos opressor aos grupos tidos como minoritários. Com efeito, observa-se o território da arquibancada como um microcosmo constitutivo da sociedade brasileira, a refletir, a expressar e a se apropriar dos seus valores, das suas práticas e das suas representações.
Palavras-chave: Arquibancada, nova onda conservadora, resistência, conservadorismo, liberdade de direitos.