A Copa do Mundo de 1958 tornou-se um limiar de passagem do “complexo de vira-latas” para o “herói genial” de Nelson Rodrigues. Todavia, tal sentimento construído na fronteira imaginária da Copa da Suécia poderia ser notado em qualquer cidade brasileira? Neste artigo, objetiva-se discutir nuanças que pairam sobre o tema Copa do Mundo de Futebol e o próprio futebol, no período que circundou a Copa de 1958, tomando por base a imprensa do Rio de Janeiro e da cidade de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Conclui-se que o futebol tinha peculiaridades inerentes ao aspecto interno, ou seja, o jornal montes-clarense Gazeta de Norte enfocava o futebol municipal, destacando os eventos da cidade em detrimento do futebol externo. Mesmo que o futebol já detivesse significativa importância, não se nota no jornal nortemineiro crônicas análogas às feitas ao estilo de Nelson Rodrigues, supostamente refletindo o brasileiro através do futebol.
Palavras-chave: História; Copa do Mundo; Futebol; Imprensa.