Nas crônicas de “O Sapo de Arubinha”, a História do Brasil na primeira metade do século passa-se entre as quatro linhas de um campo de futebol. As defesas de Jaguaré, as bicicletas de Leônidas, os dribles de Garrincha. O gol de Heleno de Freitas levando a bola no peito até a meta. Domingos da Guia chamando o time adversário para tomar-lhe a bola dentro da sua pequena-área. O futebol visto como um romance, em que craques, cartolas e torcedores interpretam papéis apaixonados. Mario Filho fala de jogadores que nunca vimos jogar e imediatamente nos tornamos íntimos deles. É como se estivéssemos à beira do gramado, ouvindo bater seus corações.