A final da Copa do Mundo de 1950, disputada entre Brasil e Uruguai, é uma partida de futebol que permanece ao longo dos anos repleta de representações e de elementos de acionamento da Memória coletiva tanto no Uruguai quanto no Brasil. O objetivo do presente artigo é analisar uma fonte uruguaia de caráter memorialista que foi elaborada quase quatro décadas depois, a fim de perceber a manutenção e/ou ressignificação de clássicas representações coletivas sobre o futebol uruguaio como as garras celeste e charrua, e das justificativas para a vitória da seleção visitante dentro do estádio do Maracanã. Analisar o processo de enquadramento de memória desta partida a partir da perspectiva de um olhar uruguaio pode ajudar na reflexão crítica sobre a relação entre futebol e Nação regularmente mediada por representações coletivas a partir de veículos da imprensa.
Palavras-chave: Copa do Mundo ; Representações coletivas; Memória; Uruguai; Imprensa