Este artigo trata de uma análise sobre os motivos que levaram o Brasil a sediar a Copa do Mundo de futebol de 1950, bem como a forma com que a imprensa brasileira abordou essas motivações. Por meio de um discurso que procurava atribuir aspectos positivos à nossa nacionalidade, tais como capacidade de realização, de organização e de trabalho, procurava-se oferecer um contraponto a um certo senso comum que via o brasileiro como um ser de pouca operosidade, que deixaria “tudo para amanhã”. Ao mesmo tempo, procurava-se passar para o exterior uma imagem de um país desenvolvido e civilizado, plenamente integrado aos padrões de modernidade.