O artigo explora o contexto de realização de dois eventos esportivos internacionais organizados pela FIFA e ocorridos no Brasil em 2013 e 2014. Para tanto, reconstitui-se a turbulência do ambiente social do país, marcado por manifestações e protestos durante a nona edição da Copa das Confederações e a 20ª Copa do Mundo. O foco do texto recai na compreensão das estratégias dos anunciantes de associar sua imagem ao futebol e na análise de peças publicitárias divulgadas na imprensa nesse período, com ênfase na figura supostamente festiva do torcedor do selecionado brasileiro. Trata-se de argumentar como empresas patrocinadoras e marcas privadas se valeram de slogans e bordões alusivos ao espetáculo futebolístico para potencializar seus mecanismos de massificação. Com efeito, de maneira polissêmica e até certo ponto inesperada, as relações entre sociedade e publicidade permitiram concluir neste caso que o processo de espetacularização do futebol contemporâneo se articulou com os modos particulares de apreensão das mensagens por leitores e telespectadores, na mesma proporção em que houve uma substantiva ressignificação das imagens e dos dizeres veiculados pelos meios de comunicação de massa.
Palavras-chave: Futebol. Publicidade. Megaeventos esportivos.