O objetivo desta dissertação é apresentar o quadro atual e apontar possibilidades de desdobramentos para o futuro em relação à “escola de narração esportiva radiofônica da Cidade do Rio de Janeiro e Região Metropolitana” nesse início de século XXI. A proposta é cartografar os narradores esportivos titulares (números 1) das rádios com transmissão regular de futebol em suas respectivas grades de programação, além de mapear as próprias emissoras. A iniciativa contextualiza, ainda, a importância do rádio e do futebol, mais especificamente, no cotidiano do morador das áreas anteriormente mencionadas. Quem são as vozes que dão vida à narração de uma partida de futebol? De que maneira esse trabalho é desenvolvido? Como são criados os slogans e bordões dos locutores que ajudam a dar „brilho‟ à narração? Essas e outras questões são apresentadas nessa pesquisa. A narração de jogos de futebol é o carro-chefe da cobertura esportiva, que por sua vez, representa um dos conteúdos mais valorizados do rádio em termos de programação e, consequentemente, do ponto de vista comercial. A trajetória começa com o então „speaker‟ Amador dos Santos, na década de 1920, passando por nomes como Ary Barroso, Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral, Jorge Cury e Doalcei Bueno de Camargo, até chegar aos dias de hoje, com destaque para narradores como José Carlos Araújo e Luiz Penido, entre outros. O desenvolvimento tecnológico, a chegada da TV e da Internet serão ressaltados ao longo do trabalho, que pretende analisar, através de conceitos teóricos e entrevistas qualitativas e semiestruturadas, a formação e o desenvolvimento da escola narrativa esportiva de radiodifusão da Cidade do Rio de Janeiro e Região Metropolitana, tema que ainda carece de bibliografia e aprofundamento específicos.
Palavras-chave: Rádio. Narração. Futebol. Escola. Rio de Janeiro.