Este estudo teve como objetivo compreender aspectos da formação de jogadores de categorias de base nos clubes de futebol brasileiros, certificados pela CBF como clube formador. Utilizando-se do método cartográfico, foram realizados acompanhamentos de treinos e jogos e entrevistas semi-estruturadas com jogadores das categorias sub-15, sub-17, sub-20, e, ainda, com profissionais e treinadores da base. Constata-se que a formação clubística tende a silenciar as multiplicidades que compõem as subjetividades dos sujeitos em formação. Resulta tudo isso em um padrão subjetivo do ser-jogador que é serializado que cristaliza discursos, modos de ser e pensar de acordo com o que o clube deseja, produzindo então corpos dóceis que muito se movimentam enquanto corpo físico e pouco produzem enquanto movimento cognitivo/subjetivo. Com o intuito de apontar pistas de uma formação potente que rompa com o modo hegemônico de experienciar a formação esportiva nas categorias de base, é que este artigo foi produzido, tensionando práticas atuais e propondo uma formação em futebol menor.
Palavras-chave: Futebol, Clubes esportivos, Esporte para jovens, Psicologia do esporte, Subjetivação
