Esta dissertação procura investigar de forma causal os fatores que levaram a arquitetura de estádios de futebol à geração de segregação socioespacial. Levandose em consideração aspectos morfológicos de espaços de espetáculo desde a Antiguidade Clássica até a contemporaneidade, são apresentadas as causas e analisadas as consequências da prática de agendas de determinação de público e em eventos de escala global à escala regional. A partir da sistematização da ação dos agentes e poderes envolvidos no filtro social e na determinação da geometria de poder que o futebol tem apresentado nas últimas décadas, poderá se identificar o fenômeno da elitização do esporte em detrimento à sua origem popular. A dissertação contempla ainda a atuação da arquitetura e a concepção de espaços nesse processo, que se iniciou na Europa no final da década de 1980 e se consolidou no Brasil nos anos – anteriores e – posteriores à realização da Copa do Mundo da FIFA de 2014.
PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura, Morfologia, Segregação socioespacial, Futebol.