Na Colômbia, os fãs – agrupada nas «barras bravas» – usa os braços, as pernas e a cabeça para enfrentar os rivais. Também recorreram ao uso de garrafas de vidro, paus de madeira e pedras. Além disso, normalizam o uso de facas e facões e até armas de fogo. Esse tipo de confronto evidenciou a organização dos chamados «barras bravas», grupos organizados de fãs, que exibem uma multiplicidade de comportamentos dentro e fora dos estádios, nos bairros, nos municípios e nas rodovias; por exemplo, aqueles relacionados à violência. No entanto, entre os torcedores, lutas ou confrontos contra rivais são chamados «combates». Nas «combates», permanecem os fãs que buscam demonstrar habilidades de enfrentamento e, além disso, uma masculinidade agressiva. A permanência nos confrontos ou no «combate» deixar entre os fãs lesões, fraturas e múltiplos ferimentos, ou seja, pegadas no corpo, exibidas, posteriormente por meio de cicatrizes entre os demais fãs da «barra brava»; constituindo uma autoridade entre os sujeitos do grupo social, permitindo a definição de sua hierarquia. Por isso, o objetivo do artigo é compreender e interpretar o combate –lo «emic»– ou a violência –lo «etic»– entre os fãs, agrupados nas «barras bravas» da Colômbia. Por outro lado, metodologicamente, o trabalho de campo etnográfico desenvolveu-se a partir da presença habitual nas diferentes práticas do «Blue Rain» e «Comandos Azules Distrito Capital» no estádio Nemesio Camacho «El Campín» em Bogotá e, portanto, em múltiplas conversas com alguns de seus membros.
Palavras chave: combate; «emic»; violência; «etic»; torcidas organizadas; futebol.