Após a implementação da Lei Bosman em 1995, a diversidade cultural global nos clubes de futebol profissional na Europa melhorou consideravelmente, de modo que o recrutamento de jogadores em todo o mundo, independentemente de suas nacionalidades, permitiu que os clubes de futebol fizessem parte de um conjunto global de talentos, associando tendências específicas de indivíduos de diversas origens culturais. Assim, a partir do momento em que tais clubes passaram a ser compostos de jogadores que falavam línguas diferentes e que possuíam filosofias de futebol diversas, houve a necessidade de se buscar adaptações às consequentes barreiras culturais que passariam a ser enfrentadas. Com esse cenário em mente, o presente trabalho visa analisar a relação entre a diversidade cultural sob a perspectiva da nacionalidade e língua falada, e os desempenhos dos clubes de futebol, com indicadores de dados financeiros e marketing esportivos, coletados das equipes com melhor desempenho nas cinco principais ligas da Europa, a fim de se definir o impacto da diversidade cultural sobre vários fatores de desempenho de tais clubes. Conforme será claramente demonstrado no desenvolvimento do trabalho, verificou-se a existência de um impacto positivo da diversidade cultural sobre o desempenho financeiro e de marketing, todavia, o mesmo cenário poderia não se repetir quando a análise é realizada sob o ponto de vista de desempenho esportivo. Nessa linha, a pesquisa busca verificar as origens e implicações que tais fatores geram nas equipes multiculturais e os desafios que atualmente os clubes possuem para realizar o gerenciamento de suas equipes.
Palavras-chave: Cultura, diversidade, times multiculturais, performances de clubes de futebol.