O presente artigo deriva de duas etnografias realizadas junto ao Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE). A primeira, realizada entre 2016 e 2017, quando o batalhão ainda era chamado de Grupamento Especial de Policiamento em Estádios e a segunda se deu de abril a dezembro de 2019, já enquanto batalhão. Juntando nossos estudos e experiências, temos como objetivo descrever o policiamento em estádios no Rio de Janeiro e sua história; trazendo toda a trajetória deste batalhão e suas peculiaridades. No decorrer da pesquisa nos deparamos com a relação dos policiais militares com as torcidas, seus modos de controlá-las e divergências entre discurso e prática que norteavam as ações do batalhão; neste artigo também são exploradas algumas temáticas acerca das torcidas organizadas, suas práticas, as tensões da relação entre o BEPE e as torcidas cariocas e como é estabelecida a administração de conflitos neste ambiente repleto de emoções.
Palavras-chaves: Policiamento; Estádios; Administração de Conflitos.