Massacre holandês

Nem o mais otimista holandês acertaria o placar do jogo. Vista como uma das partidas mais esperadas da Copa do Mundo e que, ainda, reeditava a final da última Copa, Espanha e Holanda mostraram muito equilíbrio durante boa parte do jogo, até que a Holanda dominasse o jogo e aplicasse a que, talvez seja uma das maiores goleadas desta Copa.

Logo de início a Holanda mostrou do que seria capaz: Sneijder recebeu belo passe de Robben, mas não consegui tirar de Casillas. As chances da Espanha chegaram por meio de Diego Costa (que era vaiado toda vez que pegava na bola) e David Silva.

A Espanha também não demorou para mostrar sua principal característica: a posse de bola. Nessa proposta de trocas de passes, Diego Costa recebeu dentro da área um passe de Xavi, cortou o zagueiro De Vrij e sofreu o pênalti. Diego Costa, quando percebeu que o jogador holandês veio de carrinho dentro da área deixou o pé após o corte para esperar o contato e cair. Xavi Alonso cobrou e colocou a Espanha na frente.

Minutos antes do empate holandês, David Silva tentou fazer um gol por cobertura, mas o goleiro da Holanda defendeu. Em um cruzamento longo Van Persie entrou em velocidade e se projetou para cabecear a bola, e num belo peixinho encobriu o goleiro Casillas.

A chuva que caiu no segundo tempo em Salvador trouxe uma enxurrada de gols da Holanda. Piquet errou o tempo da marcação e Robben dominou a bola livre. Na sequência recebeu combate de Piquet, mas com um corte seco saiu na cara do gol e fez o segundo gol da Holanda.

A vantagem desestabilizou a Espanha e seus dois principais jogadores de meio de campo, Xavi e Iniesta, não conseguiram ditar o ritmo da partida como gostam de fazer. A Holanda continuava perigosa nos lançamentos longos e Van Persie, em um chute forte, acertou o travessão.

Sneijder cobrou falta da lateral do campo, Casillas sofreu falta de Van Persie, não marcada pelo árbitro, e numa confusão a bola bateu no pé de De Vrij. Holanda 3 a 1. David Silva chegou a fazer o segundo, mas estava impedido. Talvez esse gol desse novo fôlego aos espanhóis.

A apatia espanhola ficou evidente quando Casillas recebeu uma bola recuada e ao dominar deixou escapar. Van Persie roubou a bola do goleiro e fez o quarto. Aí a torcida começou a gritar olé. Em uma saída rápida de contra ataque, Robben ganhou na corrida de Sergio Ramos, dribou duas vezes Casillas e chutou forte para fazer o quinto gol.

A Holanda queria mais e forçou Casillas a fazer duas belas defesas na sequência. Torres, que havia substituído Diego Costa, ainda teve a chance de diminuir. Mas como era o Torres não conseguiu fazer o gol.

Foi um início avassalador da Holanda e um início melancólico da seleção campeã do mundo de 2010.

Espanha 1 x 5 Holanda
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador-BA
Data: 13 de junho de 2014, sexta-feira
Horário: 16h (horário de Brasília)
Público: 48.173 torcedores
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos ITA)
Cartões amarelos: van Persie, de Guzman e de Vrij (HOL)

GOLS
ESPANHA: Xabi Alonso (pênalti), aos 27 minutos do primeiro tempo
HOLANDA: van Persie, aos 44 minutos do primeiro tempo, Robben, aos 8 e aos 35, de Vrij, aos 19, e van Persie, aos 27 minutos do segundo tempo

ESPANHA: Casillas; Azpilicueta, Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso (Pedro), Xavi, Iniesta e David Silva (Fábregas); Diego Costa (Fernando Torres) Técnico: Vicente Del Bosque

HOLANDA: Cillesen; Janmaat, Vlaar, de Vrij (Veltman), Martins Indi e Blind; de Jong, de Guzman (Wijnaudum) e Sneijder; Robben e van Persie (Lens) Técnico: Louis van Gaal

https://www.youtube.com/watch?v=4olKosu4OE4

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