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Infográfico

Entenda o sorteio dos grupos para a Copa de 2014

Fotógrafo: Portal da Copa

A FIFA divulgou na terça-feira (3.12.13) os procedimentos que serão adotados durante o sorteio final para a Copa do Mundo, na sexta-feira. Como há quatro cabeças de chave da América do Sul e quatro da Europa, além de mais nove seleções europeias classificadas, a organização precisou fazer alterações nas regras do sorteio em relação ao que foi feito antes do Mundial de 2010.

De acordo com as regras explicadas pelo secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, as 32 seleções participantes da Copa serão divididas em quatro potes de acordo com critérios geográficos e de desempenho no ranking da FIFA. O pote 1 será formado pelos oito cabeças de chave da competição. Nessa urna, serão colocados o Brasil, que é o país-sede, e mais as sete seleções melhores classificadas no ranking de outubro de 2013: Argentina, Uruguai, Colômbia, Alemanha, Bélgica, Suíça e Espanha.

No pote 2, serão colocados os países da África e da América do Sul, somando um total de sete seleções. Camarões, Nigéria, Gana, Costa do Marfim, Argélia, Chile e Equador estarão nessa urna. O pote 3 será formado por seleções da Ásia e das Américas do Norte, Central e do Caribe, além da Austrália. Assim, serão posicionados nessa urna Japão, Coreia do Sul, Irã, Estados Unidos, Honduras, Costa Rica e México, além dos australianos, que disputam as eliminatórias na Confederação Asiática, embora sejam da Oceania.

As seleções europeias que não são cabeças de chave serão colocadas na urna 4. Assim, teremos Holanda, Itália, França, Portugal, Grécia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Rússia e Inglaterra.

Critérios geográficos

Os potes serão esvaziados na ordem, do 1 ao 4, e os grupos serão preenchidos do A ao H. Durante o sorteio, no entanto, um grupo pode ser saltado para manter o posicionamento geográfico das seleções. Seleções da mesma confederação não poderão cair no mesmo grupo, com exceção da Europa, que poderá ter até dois países na mesma chave.

Por causa disso, uma seleção do pote 4 será sorteada para a urna 2, de maneira a deixar cada pote com oito seleções. Os países da urna 1 serão sorteados nos grupos de A a H. O Brasil obrigatoriamente ficará com a chave A. Os outros cabeças de chave serão alocados na posição 1 de seus respectivos grupos.

Depois, os quatro cabeças de chave sul-americanos, incluindo o Brasil, serão colocados em uma urna X. Como Chile e Equador estão no pote 2 e não poderão cair nos grupos de seus colegas de continente, a bola da seleção europeia do pote 2 será alocada no grupo de um dos participantes da urna X, que será sorteado.

Segundo o secretário-geral da FIFA, Jêróme Valcke, a medida tem o objetivo de evitar impasses na formação dos grupos. “Para evitar o risco de violação do princípio da separação geográfica e para evitar que seja cometido algum erro de colocar duas ou três seleções da mesma confederação, nós decidimos criar a urna X, que estará formada pelas quatro da seleções da Conmebol da urna 1”, disse.

Em ordem, do A ao H

Depois de alocar o europeu da urna 2 com um cabeça de chave sul-americano da urna X, o sorteio vai continuar. Primeiro será esvaziado o pote 2, depois o 3 e, por fim, o 4. Os grupos serão preenchidos na ordem, do A ao H. Os times dos potes 2, 3 e 4 terão suas posições nos grupos sorteadas.

“Sei que não é fácil entender a primeira vez, eu também demorei”, brincou Valcke, acrescentando mais uma vez que o objetivo das novas regras é evitar que grupos sejam formados por países da mesma região.

O anúncio para a imprensa foi feito em coletiva na Costa do Sauipe e contou com a presença de Joseph Blatter, presidente da FIFA; Walter de Gregorio, diretor de comunicação da entidade; Issa Hayatou, membro da comissão executiva da FIFA; José Maria Marin, presidente do Comitê Organizador Local (COL) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF); e Luis Fernandes, membro do COL e secretário executivo do Ministério do Esporte.
Possibilidade de "Grupo da Morte"

As regras para o Sorteio Final permitem a formação de grupos com até dois europeus e um país de cada uma das outras confederações. Com isso, seria possível imaginar uma chave complicada com Brasil, Itália, Holanda e México, por exemplo. Para isso, Itália ou Holanda teriam de ser sorteadas e passar do pote 4 para o pote 2. Depois, o europeu do pote 2 seria obrigatoriamente alocado em um dos grupos em que os países sul-americanos são cabeças de chave. Assim, as chances do europeu que cair no pote 2 ir para o grupo do Brasil são de 25%. Em seguida, seria sorteado para o grupo A um representante do pote 3, que tem o México como seleção mais tradicional. Por fim, o grupo ficaria completo com uma seleção europeia tirada do pote 4, que poderia ser França, Itália, Holanda ou Portugal, por exemplo.

É possível também pensar em um grupo com três campeões mundiais, tendo a Argentina, o Uruguai ou o Brasil como cabeça de chave. Com a possibilidade de um campeão mundial do pote 4 – Itália e França – passar para o pote 2, as chances de dois europeus campeões do mundo caírem no mesmo grupo de outro campeão sul-americano são concretas. Os argentinos poderiam formar um grupo com França, Itália e Estados Unidos, por exemplo. Já os uruguaios poderiam ter de enfrentar uma chave com Inglaterra, França e Coreia do Sul. O mesmo vale para o Brasil.

Mas as possibilidades também permitem pensar em grupos formados apenas por seleções menos tradicionais. A Bélgica, por exemplo, pode ser cabeça de chave de um grupo que contaria ainda com Argélia, Honduras e Bósnia-Herzegovina. Também é possível pensar em uma chave com Colômbia, Costa do Marfim, Irã e Grécia.

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