Nas últimas décadas verificaram-se alterações significativas na indústria do futebol, nomeadamente no que ao seu crescimento diz respeito. A elevada competitividade que se faz sentir no universo do futebol leva os clubes a repensar as suas estratégias, os seus investimentos e a forma como podem expandir o seu alcance. A dificuldade em encontrar um equilíbrio entre os resultados financeiros e desportivos obrigou, por um lado, à profissionalização da gestão dos clubes e, por outro lado, a alteração de práticas com vista a alcançar esse fim. Nesse sentido, a internacionalização dos clubes, quer seja ela através da marca ou da criação de redes mundiais de clubes, foi adotada como uma das principais estratégias. O objetivo desta dissertação passa por olhar para duas estratégias de internacionalização, adotadas por alguns clubes de topo. (i) através da marca; (ii) do fenómeno de Multi-Club Ownership (MCO). Este último é um fenómeno que tem vindo a registar uma tendência de crescimento uma vez que promove uma série de vantagens competitivas para os clubes. A metodologia para analisar o desempenho ao nível da internacionalização dos clubes foi qualitativa e teve como objetivo averiguar o impacto da internacionalização no sucesso dos clubes. Para tal, foram analisados três casos de estudo, o do F.C. Barcelona, associado à internacionalização através da marca e o do City Footbal Group (CFG), grupo detentor do Manchester City e da Red Bull, detentora do RB Leipzig, sendo estes os dois casos mais notórios no panorama atual na esfera de MCO.
Palavras-chave: Globalização; Internacionalização; Indústria do futebol; Multi-Club Ownership; Internacionalização através da marca; Performance desportiva; Performance financeira;