Este artigo se propõe a analisar, a partir da leitura da primeira seção de O Capital: Crítica da economia política de Karl Marx (2013), a questão da mercadoria no futebol, mais especificamente do jogador como mercadoria. Isso foi feito partindo da posição dicotômica – principalmente no futebol profissional – de que o jogador ocupa um lugar de duplo estatuto, sendo produtor de mercadoria e a própria mercadoria. Para isso, o artigo se utiliza do materialismo histórico dialético para compreender essa posição do jogador e da dinâmica do capital, aplicada ao futebol. Isso é feito através de uma investigação teórica sobre as categorias marxianas – o artigo apresenta dados empíricos que corroboram essa ideia. Por fim, será demonstrado como se dá a dinâmica centro-periferia do capital e como essa questão perpassa o funcionamento do esporte na forma de um aparelho ideológico, além de trazer uma proposta de como deve ser a luta do torcedor dentro do sistema.
Palavras-chave: Futebol; mercadoria; capital; jogador; Marxismo.