Minicurso: Futebol e sociedade no Brasil: das divisões de base aos “arquibaldos e geraldinos”
Envio de resumos
A Comissão Organizadora do III Seminário Discente do Programa de Pós Graduação em Sociologia da UFMG abre convocatória para interessadxs em apresentar trabalhos (GT’s) nesta terceira edição do evento. O intuito desta iniciativa é ampliar a discussão, focalizada em assuntos específicos da área do conhecimento sociológico e proporcionar a experiência de apresentação de trabalho para profissionais em diferentes etapas de suas carreiras acadêmicas.
Os Grupos de Trabalho buscam priorizar e dar visibilidade a trabalhos acadêmicos realizados por graduandos e pós-graduandos dentro das diversas temáticas presentes no campo da sociologia brasileira. Assim sendo, o GT procura criar um espaço de discussão e trocas de experiências entre alunos de sociologia de diversas universidades nacionais. Os GT’s serão compostos por no mínimo 4 (quatro) e no máximo 12 (doze) trabalhos, discutidos durante um ou dois turnos, a depender do número de propostas selecionadas. Os trabalhos serão apresentados e discutidos por coordenadores, debatedores e público presente. O tempo previsto para cada seção é de 180 (cento e vinte) minutos assim distribuídos: 100 (cem) minutos para exposições – aproximadamente 20 minutos cada exposição -, até 40 (quarenta) minutos para as (os) debatedores, sendo o restante do tempo destinado ao debate com o público presente na atividade.
Os resumos de trabalho deverão ser enviadas até o dia 31 de agosto de 2017 e os encontros dos grupos acontecerão nos dias 6 e 7 de novembro de 2017, entre 8h30 e 12h30 ou entre 14h e 17h, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, no campus Pampulha, Belo Horizonte/MG.
Quem pode submeter propostas de trabalho para os GT’s: Graduandxs, pós-graduandxs, mestrxs e doutorxs de quaisquer áreas do conhecimento, desde que a proposta do trabalho contemple temáticas relacionadas à Sociologia.
GT 3 – Esportes e sociabilidades: perspectivas interdisciplinares.
A escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 desencadeou uma série transformações nas relações e interações sociais estabelecidas entre os atores que compõem o campo dos esportes. Tanto nos chamados megaeventos esportivos – aqueles com grande grau de espetacularização e midiatização – quanto a prática esportiva mundana no cotidiano sofreram mudanças. Na medida em que os eventos esportivos se tornaram espetáculos, os estádios e os ginásios se tornaram arenas vislumbraram-se alterações na sociabilidade do público frequentador dessas esferas. Contribuem para tal mudança o aumento significativo dos preços dos ingressos, a inclusão e numeração das cadeiras nos estádios, o limite e ressignificação de simbolismos utilizados pelas torcidas, sejam estas organizadas ou não. Por outro lado, compreende-se que os esportes praticados no cotidiano também sofreram transformações recorrentes desses eventos. Seja na forma de praticá-los, na maneira de usufruí-los e acompanhá-los, no aumento da prática de modalidades pouco conhecidas ou no consequente estabelecimento de redes de relações, comunidades de gosto, vivências e experiências compartilhadas pelos sujeitos praticantes e/ou aficionados.
Tendo como pano de fundo as transformações desencadeadas por esses eventos, este grupo de trabalho possui como principal objetivo discutir e refletir sobre os estudos que entrelaçam as temáticas de esportes e sociabilidades. Nesse sentido, pretende-se abranger trabalhos de graduados e pós-graduados que abordam essas temáticas por meio de perspectivas teóricas e metodológicas interdisciplinares. Ademais, tem como proposta considerar outros esportes, além dos estudos sobre futebol e os processos de sociabilidade que os envolvem. Desse modo, serão contemplados trabalhos que enfoquem os impactos dos megaeventos nos diferentes países e no Brasil na transformação das sociabilidades torcedoras, como também aqueles que enfoquem os esportes como forma de intervenção de políticas sociais e ainda as narrativas e representações de sociabilidade, as experiências de construções de identidades, as vivências relacionais de gênero, geração, raça e etnia, a construção de redes de relações e os processos de aprendizagem moral e ética através das práticas e fruição dos esportes por diversos atores sociais nesse campo.
