História do Esporte e das Práticas Corporais – ANPUH-BA

Data início: 31/12/1969Data de encerramento: 31/12/1969Local: Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus VData limite inscrição: 03/05/8000

anpuh-ba

ST 15. História do esporte e das práticas corporais

Coordenadores: Henrique Sena dos Santos (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), Coriolano Pereira da Rocha Junior (UFBA)

Resumo: O avanço da produção acadêmica nacional tem provocado o surgimento de estudos que tratam da articulação entre os esportes e as práticas corporais, com as peculiaridades do local e sua relação com o que é global, inclusive no campo da história. A partir disto, temos visto o surgimento de pesquisas que envolvem olhares sobre o embricamento da temática com áreas diversas do conhecimento. Estes estudos têm encontrado um profícuo espaço de discussão com a institucionalização da pesquisa em História do esporte e práticas corporais com a criação de diversos núcleos e grupos de pesquisa por todo o país. É neste contexto que destacamos a importância do simpósio temático proposto, que surgiu como demanda das articulações entre pesquisadores/as da Bahia e de outros estados, já a partir da ANPUH nacional de 2003 e da estadual de 2010. Estes fóruns se tornaram um ambiente favorável para apresentação de novos estudos e discussões, bem como um impulsionador de novas pesquisas. Na Bahia, temos tido a participação de pesquisadores/as, docentes e discentes de várias Universidades, como: UFBA, UFRB, UESB, UESC, UNEB e UEFS, além de estudiosos/as de outros estados, que têm vindo ao estado participar, envolver-se e colaborar com o que aqui é desenvolvido. Outro aspecto relevante é a inegável importância e expansão que as práticas corporais e esportivas têm tido na atualidade, tornando-se elemento presente no dia a dia dos sujeitos. Além disso, tais práticas vêm tecendo interferências dialógicas com questões de ordem econômica, política e histórica nas sociedades, haja vista o volume de investimentos variados que são direcionados aos eventos esportivos, tais como Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, ambos no Brasil. Assim, apontamos a pertinência de inserção de um simpósio que aborde especificamente as temáticas referentes ao esporte e as práticas corporais no Encontro Estadual da Bahia, para que este ambiente continue a ser um espaço onde pesquisadores/as possam compartilhar suas descobertas, dialogar sobre as discussões teóricas e os métodos investigativos, além de apontar caminhos para as pesquisas em esportes e práticas corporais, contextualizadas em suas várias dimensões, mantendo as atividades científicas na Bahia conectadas com o que se dá no país.

Justificativa: Propomos este simpósio como um meio de ampliação do já desenvolvido com a pretensão de afirmar e consolidar a Bahia no campo de produção científica da história do esporte e das práticas corporais, ampliando espaços de construções teóricas para pesquisadores, numa perspectiva multidisciplinar, além de estimular a convivência e o intercâmbio entre intelectuais. Vigarello (2001) ao abordar a questão da configuração do esporte assevera que os jogos antigos, existentes na Europa, desde o século XVI, não podem ser considerados esporte, por não terem uma institucionalização. A prática esportiva atual teve bases na Inglaterra do século XVIII, a partir de um processo de modificação e reorganização dos jogos populares, dando a estes uma sistematização e reorientação. Para Vigarello e Holt (2008), foram os estabelecimentos escolares da era vitoriana na Grã-Bretanha, as primeiras instituições a atuarem na construção de um novo corpo atlético, com base nos valores do fair-play, de um ideal de civilidade, como discute Elias e Dunning (1992), buscando a construção de novas formas de sociabilidades e sensibilidades, em ajuste aos novos tempos que se constituíam. Assim, o esporte é uma manifestação cultural da sociedade moderna, representada por atividades institucionalizadas nas escolas, por um conjunto de práticas do tempo de lazer ou ainda, por modalidades de caráter técnico, voltadas para o rendimento, envolvendo um número significativo de pessoas, sendo por isso considerada um dos maiores fenômenos da atualidade. Por outro lado, mais recentemente, novos estudos têm apontado como as práticas esportivas atuaram significativamente na constituição de sociabilidades e sensibilidades, não só nas grandes cidades e capitais, como no mundo rural e das pequenas localidades nos recônditos do Brasil e do mundo. Este é um caminho que as pesquisas têm indicado na defesa das práticas esportivas como um campo de investigação que, embora tenha surgido como consequência do desenvolvimento das sociedades modernas e urbanas, tem constituído uma autonomia importante na problematização das experiências esportivas no tempo e espaço não necessariamente ligadas ao contexto da modernização das grandes cidades nos séculos XIX e XX. Nesta direção, para Bourdieu (1983), a prática de diferentes atividades esportivas na sua relação com o capital econômico e cultural e com o tempo livre dos indivíduos, constitui um campo específico, embora em constante diálogo com as outras dimensões sociais, culturais e políticas da vida humana. Assim, o esporte, a partir de sua circulação no cotidiano sujeitos individuais e coletivos é um elemento importante para a construção e interpretação dos vários processos de identidade de nação, região, classe, raça e gênero. Genovez (1998) afirma que a experiência esportiva é um instrumento, dentre outras coisas, utilizado para inculcar valores e normas. Burke (2005) demonstra que foi graças à virada da sociedade na direção das práticas corporais, que a história do esporte tornou-se profissionalizada, um campo de estudos específicos, que dialoga com outras áreas e por isso, entendemos ser fundamental que pesquisadores das mais diversas áreas possam compartilhar pontos de vista e referenciais teórico-metodológicos. No Brasil, nos últimos anos, as pesquisas em história do esporte e práticas corporais têm ganhado volume e qualidade, com pesquisadores instalados em laboratórios, grupos de pesquisa e programas de pós-graduação, com uma produção científica diversa e ampla, com eventos próprios e revistas científicas específicas. O crescimento de estudos em História do esporte e das práticas corporais focalizando experiências ligadas ao campo e ao interior o Brasil tem demonstrado a necessidade de ampliação e consolidação de espaços de discussões para além dos grandes centros acadêmicos de modo que a presença do debate em torno das práticas esportivas e corporais em eventos regionais e locais tem sido fundamental no processo de constituição de um campo de saber mais heterogêneo, horizontal e descentralizado. Para Melo (2007), no Brasil, esta área tem avançado, instalando-se como um novo foco de pesquisa, configurando um campo de investigação histórica, que não sendo conduzido apenas por historiadores de formação, conta com pesquisadores de diferentes origens acadêmicas, que buscam fazer uso das discussões teórico-metodológicas da história de forma interdisciplinar. A Bahia conta com especialistas na temática, que desenvolvem seus trabalhos na UFBA, na UFRB, na UESB, na UEFS, na UESC e na UNEB, com produções de circulação nacional e participação em eventos da área no país e fora dele. O aumento da produção avança na medida em que o esporte ganha representatividade, tornando-se significativo para estudos mais amplos do contexto das sociedades, articulados com dimensões que buscam dar significado à compreensão das dinâmicas sociais. A Bahia foi um dos primeiros locais do país a lidar com a prática esportiva, já nas primeiras décadas do século XX. Esportes como o críquete, o remo, o ciclismo, a natação, a patinação e também o tênis e as corridas a pé e o futebol tiveram desenvolvimento. Com os megaeventos esportivos e com Salvador sendo sede da Copa do Mundo de 2014, urge discutir-se em parâmetros globais e locais, os impactos e representações do esporte e seu desenvolvimento, numa análise contextual, com base em análises históricas.

Instruções gerais para inscrições

1. O sistema de Inscrição é feito por meio eletrônico, tanto para o envio de dados quanto para o pagamento. Todos os itens destas instruções gerais devem ser lidos cuidadosamente para evitar eventuais irregularidades nas inscrições;

2. Para se inscrever, o interessado deve identificar-se em uma das modalidades abaixo, durante o período indicado no cronograma:

  • Coordenação de Simpósio Temático.
  • Coordenação de Minicurso/Oficina.
  • Coordenação de Simpósio Temático e Coordenação de Minicurso/Oficina.
  • Apresentação de trabalho em Simpósio Temático.
  • Ouvinte/Participante em Minicurso/Oficina.

Atenção: Caso o participante deseje propor um simpósio temático e também um minicurso/oficina, ele deve escolher, no preenchimento da ficha inscrição on-line, a opção correspondente a essas duas modalidades.

3. Em todas as etapas / modalidades acima, as categorias e os respectivos valores de inscrição são os da tabela abaixo:

 

Associado da ANPUHNão associado
Professor da educação básica…….. R$ 50,00Professor da educação básica……… R$ 150,00
Estudante de Pós-graduação……… R$ 50,00Estudante de graduação……………. R$ 50,00
Demais associados……………….... R$ 100,00Estudante de Pós-graduação………. R$ 200,00
Demais participantes……………..… R$ 300,00
Participação em Minicurso/Oficina….. R$25,00

 

4 . Solicitamos atenção no preenchimento correto de todos os campos da ficha de inscrição, em especial nos campos “Nome” e “Título do Trabalho”, se for o caso, para evitar posteriores problemas quanto à emissão dos certificados. O preenchimento correto do campo “e-mail” também é de fundamental importância para o estabelecimento do vínculo de informações. Após o cadastro, será enviado um e-mail de confirmaç&atilde ;o contendo os dados de acesso à área do inscrito (login e senha), onde é possível imprimir novamente o boleto de inscrição, caso seja necessário;

5. Os colegas que desejarem associar-se à ANPUH deverão fazê-lo antes de se inscreverem no evento, acessando a página: http://www.anpuh.org/filiacao.

6. Uma vez paga a inscrição como não associado não será possível reverter o valor para associado;

7. Os associados da ANPUH deverão estar quites com as anuidades para fins de usufruto do valor de inscrição exclusivo às modalidades de Sócios;

8. O pagamento da inscrição deverá ser realizado até a data de vencimento registrada nos boletos bancários. Após esta data, a inscrição será cancelada automaticamente pelo sistema;

9. O inscrito poderá acompanhar a confirmação de pagamento do boleto através da área do inscrito;

10. Não haverá devolução do valor referente às inscrições. No caso de propostas de Simpósios Temáticos, Minicursos ou Oficinas que não sejam aprovadas ou efetivadas, os proponentes poderão usar sua inscrição na modalidade de apresentador de trabalho ou ouvinte.

Para a apresentação de trabalho nos Simpósios Temáticos, o proponente deverá ser, no mínimo, graduando, respeitando-se o disposto no item 15.

  • Cada participante poderá apresentar apenas 01 (um) trabalho em apenas 01 (um) simpósio temático, seja na condição de autor ou de coautor, com limite de 01 (uma) coautoria no mesmo trabalho.
  • Todos os autores ou coautores devem estar inscritos no evento e se fazer presente no momento da apresentação a fim de que recebam o certificado.
  • O inscrito deverá escolher 03 (três) Simpósios Temáticos conforme a ordem hierárquica de sua preferência. Caso não seja aceito no primeiro, será realocado na opção seguinte. A avaliação, aceitação e eliminação de trabalhos dentro do simpósio temático são realizadas pelos coordenadores de cada simpósio.
  • O número mínimo de participantes em cada simpósio temático é 12. Caso esse número não seja atingido, o simpósio será cancelado e os inscritos serão realocados na 2ª ou 3ª opção.
  • Caso o trabalho não seja aceito em nenhuma das rodadas de avaliação, o inscrito será automaticamente considerado como ouvinte, sem devolução do valor pago na inscrição.
  • O número máximo de participantes em cada simpósio é de 24 e a preferência é dada ao candidato que se inscreveu primeiro.
  • Verifique os prazos de inscrição, envio do trabalho completo e aceitação.

15. A aceitação do trabalho de graduandos está condicionada à inscrição do orientador no evento.

16. Para a publicação do trabalho nos Anais do Evento, os autores terão que obrigatoriamente submeter o texto completo até a data limite estipulada no Cronograma do Evento e apresentar a comunicação na data e horário indicado pela Comissão Organizadora.

Prazos:

Inscrição de trabalhos nos Simpósios Temáticos ……………………………………….. 05 de Março a 30 de Março.

Divulgação dos Trabalhos Aprovados e Cartas de Aceite ………………………………………………….. 31 de Maio.

Envio dos Trabalhos Completos para Publicação nos Anais ………………………………………………. 23 de Julho.
NORMAS GERAIS PARA PROPOSIÇÃO DE TRABALHOS

 

Atenção: Observe atentamente todas as instruções abaixo antes de submeter seu trabalho:

 

Além das instruções gerais para inscrições no evento disponíveis no link http://www.encontro2018.bahia.anpuh.org/inscricoes, os itens abaixo devem ser lidos cuidadosamente para evitar irregularidades quanto à submissão de trabalhos para apresentação nos Simpósios Temáticos.

 

1. As propostas de comunicação deverão ser compostas, obrigatoriamente, de título e resumo, que deverão ser digitados nos campos apropriados da página de inscrições do IX Encontro Estadual de História, e de um texto completo que deverá ser anexado no local indicado até o dia 23 de Julho de 2018.

 

2. O título do resumo deverá conter no máximo 200 caracteres (com espaços) e o corpo do texto deverá conter no máximo 2800 caracteres (com espaços).

 

3. O texto completo deverá ser apresentado no seguinte formato:

– Arquivo em formato de texto (.doc ou .rtf) de no máximo 3 Mb.

– Mínimo de 06 (seis) e máximo de 10 (dez) páginas.

– Fonte Times New Roman 12, espaço entre linhas 1,5.

– Citações com mais de três linhas em destaque, com fonte 11, espaço simples.

– Margens superior e esquerda: 3,0 cm; inferior e direita: 2,0 cm.

– As notas devem ser colocadas no final do texto.

– As referências deverão seguir o formato da ABNT NBR 6023.

 

4. Solicitamos atenção ao preenchimento correto de todos os campos da ficha de inscrição, em especial “Nome” e “Título do Trabalho”, para evitar posteriores problemas quanto à emissão dos certificados. O preenchimento correto do campo “e-mail” também é de fundamental importância para o estabelecimento do vínculo de informações com a comissão organizadora.

 

5. Para a apresentação de trabalho nos Simpósios Temáticos, o proponente deverá ser, no mínimo, graduado. Estudantes de graduação poderão inscrever trabalhos desde que seus orientadores estejam inscritos no evento.

 

6. A inscrição para apresentação de trabalho deverá ser feita nas seguintes modalidades:

– Submissão Individual (o trabalho não possui coautores)

– Coautoria – coautores não cadastrados (primeira inscrição do trabalho)

– Coautoria – coautores já cadastrados (trabalho já inscrito por outro coautor)

 

7. Verifiquem atentamente o cronograma do evento e acompanhem a aceitação do trabalho proposto através da “área do inscrito”.

 

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