João Havelange foi um destacado dirigente esportivo, tendo ocupado por 24 anos a presidência da FIFA. Por sua trajetória foi constantemente convidado a contar a sua história e também procurou divulgar sua versão pessoal. Em 2007, o jornalista Ernesto Rodrigues publicou Jogo Duro: a história de João Havelange. Produzida como uma biografia oficial, as divergências sobre seu conteúdo geraram conflitos entre o biógrafo e o biografado e, em 2013, Rodrigues lançou o documentário Conversas com JH, no qual apresentou a experiências da produção do livro. Propomos neste artigo problematizar elementos presentes em entrevistas jornalísticas e as que utilizam o método da História Oral, tendo como referência de análise outras duas entrevistas realizadas com Havelange por pesquisadores: a primeira feita por Lívia Gonçalves Magalhães (2010), e a segunda por Katia Rubio e Sérgio Settani Giglio (2012). Portanto, nos intriga como nas diferentes metodologias a narrativa construída de Havelange prevalece.
João Havelange, história oral, memória, biografia, política